sábado, 27 de junho de 2020

A superpotência africana que chegou a conquistar o Egito, mas foi esquecida pela história

Zeinab Badawi

Construção aksumitaDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionReis aksumitas controlavam comércio no mar Vermelho

A grande pirâmide de Gizé, no Cairo, é considerada uma das sete maravilhas do mundo antigo.

Mas quem segue o curso do rio Nilo e viaja rumo ao sul, no território onde hoje é o Sudão, se depara com milhares de construções similares, que pertenceram ao reino de Kush (ou Cuche).

Kush foi uma superpotência africana e sua influência se estendeu até o atual Oriente Médio.

O reino existiu por centenas de anos e, no século 8º antes de Cristo, conquistou o Egito, também na África, governando-o por décadas.

E o que restou dessa civilização é impressionante.

Pirâmides no SudãoDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionUnesco considera Jebel Barkal Patrimônio da Humanidade

Legado

Mais de 300 pirâmides continuam intactas, praticamente inalteradas desde que foram construídas, há cerca de 3 mil anos.

As mais suntuosas se encontram em Jebel Barkal, uma pequena montanha no Sudão do Norte que, junto com a cidade de Napata, são consideradas patrimônio da humanidade pela Unesco, o braço da ONU para educação, ciência e cultura.

No local, além das pirâmides, há tumbas, templos e câmaras funerárias completas, com pinturas e desenhos que a Unesco descreve como "obras-primas de um gênio criativo que mostram os valores artísticos, sociais, políticos e religiosos de uma comunidade de mais de 2 mil anos".

Pirâmides do Reino Kush, no SudãoDireito de imagemKUSH COMMUNICATIONS
Image captionMais de 300 pirâmides do reino Kush seguem praticamente intactas no Sudão

Os cuchitas eram africanos negros, em sua maioria agricultores, mas também artesãos e mercadores. Eles vendiam ouro, incenso, marfim, ébano, óleos, penas de avestruz e pele de leopardo.

Além de possuir minas de ouro e terras cultiváveis, o reino ocupava uma localização comercialmente estratégica, dado que de lá se transportavam mercadorias pelo rio Nilo e também por estradas que levavam ao mar Vermelho.

Suas riquezas chegaram a rivalizar com as dos faraós.

Mas até hoje o legado de Kush ainda não é amplamente conhecido, inclusive entre os africanos.

Pirâmides de MeroeDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionAfricanos desconhecem sua história, dizem especialistas

História da África

Um projeto com objetivo de resgatar o passado do continente nasceu no início da década de 1960.

A África se tornava independente da Europa e, em meio à onda nacionalista, muitos de seus jovens líderes assumiram o compromisso de não só descolonizar seus países, mas também suas histórias.

Tampouco havia interesse de historiadores ocidentais. Por causa da falta de registros escritos, muitos deles simplesmente abandonaram a tarefa de revisitar o passado do continente.

Assim, a Unesco ajudou estudiosos africanos a criar o projeto, recrutando 350 especialistas de diferentes áreas e de toda a África.

O resultado foi uma coletânea de oito volumes que abrangem desde a pré-história até a era moderna.

O oitavo livro foi concluído na década de 1990 e o nono já começou a ser preparado.

Pinturas das pirâmides de Jebel BarkalDireito de imagemKUSH COMMUNICATIONS
Image captionNo interior dos restos arqueológicos de Jebel Barkal, há pinturas consideradas "obras-primas" pela Unesco

Polêmica

Houve polêmica, contudo, em torno da decisão da Unesco de começar a coletânea com um exemplar sobre as origens da humanidade, expondo a teoria da evolução.

O volume provocou a ira de comunidades cristãs e muçulmanas, dado que alguns países da África acreditavam no criacionismo, doutrina que defende que os seres vivos surgiram do criador e não são, portanto, fruto da evolução.

Cristão ortodoxo da EtiópiaDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionMonarcas do Reino de Aksum (ou Axum) foram os primeiros a abraçar o cristianismo

O paleontólogo queniano Richard Leakey, que contribuiu para a elaboração do primeiro volume, diz acreditar que o fato de o ser humano ter vindo da África continue sendo algo digno de reprovação por alguns ocidentais, que preferem negar essa origem.

Apesar disso, continua pouco divulgada a história do reino de Kush, onde as rainhas podiam governar por direito próprio.

O mesmo ocorre com o reino de Aksum, descrito como uma das quatro grandes civilizações do mundo antigo.

Os reis aksumitas controlavam o comércio do mar Vermelho desde seu território, situado na região onde estão atualmente a Eritreia e a Etiópia.

Além disso, foram os primeiros governantes da África a abraçar o cristianismo e em convertê-lo em religião oficial do reino.

Sítio arqueológico de MeroeDireito de imagemAFP
Image captionSítio arqueológico de Meroe, a 300 km ao norte da capital do Sudão, Cartum

'Escuridão'

Para especialistas, por força da influência colonialista, essa história é pouco conhecida até entre acadêmicos e professores africanos.

Por causa dela, não tiveram acesso a um relato integral e cronológico de sua história.

Escola da ÁfricaDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionUnesco espera que história da África seja ensinada nas escolas por especialistas locais

Hugh Trevor-Roper, um dos mais destacados historiadores britânicos de todos os tempos, diz: "Talvez no futuro será possível ensinar algo sobre a história da África. Mas até o momento não há nenhuma ou quase nenhuma: só existe a história dos europeus na África".

"O resto é escuridão, assim como ocorre com a história pré-europeia e a pré-colombiana na América. Uma escuridão que não é sujeito para a história", completou.

A declaração é de 1965, mas continua atual.


fonte: https://www.bbc.com/portuguese/internacional-40484880

AS PRÁTICAS MÉDICAS DO ANTIGO EGITO QUE SÃO USADAS ATÉ HOJE



Direito de imagem GETTY IMAGES Image caption 

No Egito antigo, a medicina e a magia se misturavam em um conjunto de práticas

A medicina no Egito Antigo estava inevitavelmente misturada com a magia. Na época, não havia uma linha clara que demarcasse os limites entre a ciência e a religião.

Com frequência, acreditava-se que as doenças haviam sido enviadas pelos deuses como uma espécie de castigo ou que eram espíritos maus que estavam no corpo da pessoa e tinham de ser expulsos por meio de rituais, feitiços e amuletos.

Mas tudo isso era conjugado com uma medicina bastante prática - e alguns dos métodos utilizados na época sobreviveram ao passar do tempo.

Ainda que suspeite-se que muito conhecimento tenha se perdido com infortúnios como o desaparecimento da Biblioteca Real de Alexandria, sabe-se que a rica cultura egípcia, que floresceu por mais de 3 mil anos antes de Cristo, era muito avançada.

Ainda assim, não deixa de ser surpreendente o que sabiam no campo da Medicina, como por exemplo:

Cirurgia

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Mumificação permitiu aos egípcios antigos conhecerem a anatomia humana

Os egípcios antigos aprenderam muito sobre a anatomia humana graças à tradição de mumificação. Ao preparar os mortos para sua viagem rumo ao além, podiam analisar as partes do corpo e associá-las com as doenças que a pessoa havia contraído em vida.


Isso permitiu que entendessem o suficiente do assunto para fazer cirurgias, sinais das quais podem ser encontrados nas múmias, desde a perfuração de crânios até a remoção de tumores.


Tratamentos dentários

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Hesire, um alto funcionário do rei Zoser, era o chefe de dentistas e médicos em 2700 a.C.

Por mais que se esforçassem em limpar e moer bem os grãos para fazer farinha, restavam pequenos pedaços de pedras na comida, assim como um pouco de areia do deserto. Isso desgastava os dentes e podia levar ao surgimento de buracos e infecções.

No Papiro Ebers, um dos tratados médicos mais antigos conhecidos, há várias receitas de preenchimentos e bálsamos. Uma delas descreve como tratar um "dente que coça até a abertura da pele": uma parte de cominho, outra de resina de incenso e uma de fruta.

Algumas receitas incluíam mel, que é antiséptico. Em outros casos, simplesmente tapavam os buracos com linho.
PrótesesDireito de imagem JON BODSWORTH Image caption 

Próteses eram úteis tanto para os vivos quanto para os mortos

Os egípcios antigos precisavam de próteses tanto para os vivos quanto para os mortos - e talvez fossem até mais importantes para os mortos. Acreditava-se que, para enviar o corpo para o além, este deveria estar inteiro, daí a importância da mumificação e de completar o que faltasse antes da viagem final.

Mas também serviam para as pessoas vivas. A prótese de dedo na foto acima foi usada por uma mulher e é a mais antiga conhecida.


Circuncisão

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Aparentemente, a circuncisão era feita quando o medido entrava na idade do 'uso da razão' (entre 8 e 11 anos)

A circuncisão é praticada ao longo da história por várias sociedades por razões médicas e/ou religiosas. No Egito Antigo, era bastante comum, tanto que o pênis não circuncisado era visto como algo curioso.

Há escritos descrevendo a fascinação dos soldados egípcios com os pênis dos povos líbios que haviam conquistado. Eles contam, com frequência, que essas pessoas eram levadas para casa pelos egípcios para que seus conhecidos pudessem ver suas partes íntimas.

Sistema médico controlado pelo governo

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Manuais médicos registravam doenças e tratamentos

O acesso ao cuidado médico era controlado de perto pelo governo no Egito Antigo. Havia institutos que treinavam os médicos, que eram educados segundo um currículo específico. Esses locais também recebiam pacientes e os tratavam.

Havia manuais médicos, como o já mencionado Papiro Ebers, no quais eram registrados doenças e tratamentos. Além disso, há descrições de acampamentos médicos instalados próximos de canteiros de obras para atender os operários que sofriam acidentes.

Ainda há indícios de que, se o acidente ocorria no trabalho e a pessoa não podia trabalhar por causa disso, o operário recebia um pagamento durante o período de enfermidade.

O EMBRANQUECIMENTO HISTÓRICO DO EGITO ANTIGO


Por Pedro Alvarenga e Thayná Trindade Do História das Artes Visuais

O poder e construção de memória coletiva dos veículos de massa é incalculável. Os textos, falas e sobretudo as imagens produzidas pela máquina midiática capitalista ocidental literalmente construíram toda a percepção de mundo do sujeito contemporâneo. Por isso países como os Estados Unidos da América dão tanta importância e poder aos grupos midiáticos. A imprensa e a indústria do entretenimento (não que hoje em dia ainda haja algum tipo de diferença entre as duas) é conhecida como o terceiro poder. Mas que essa ordem não seja entendida como de grandeza ou influência. Não raro o poder da mídia extrapola a legalidade dos poderes democráticos.

O problema que intentamos em tratar passa por um dos pontos mais sensíveis da historiografia: A percepção história como uma construção contemporânea. O trabalho de um historiador é, entre tantas outras funções, criar narrativas que representem a visão de um povo em determinada época sobre determinado acontecimento, objeto, ou sociedade de outra época e local. Mas esse recorte essencial é, na maioria das vezes, ocultado pela própria narrativa historiográfica e tende a se colocar como verdade. Isso no campo da pesquisa acadêmica. No campo da mídia a questão é ainda mais grave. A indústria do Cinema norte americana produziu em um século mais distorção na percepção histórica do ocidente do que toda a escrita etnocêntrica dos quinze séculos anteriores. E tudo isso sob a chancela de “produto de entretenimento”.

O caso do povo egípcio, nosso objeto de estudo, é um dos maiores exemplos desse processo de apagamento e falseamento da existência histórica de toda uma sociedade. Sendo impossível negar a existência do povo egípcio e sua sociedade extremante complexa e rica tecnologicamente, resta roubar suas descobertas e fazer com que a imagem que se tem deles não seja tão diferente da imagem que os europeus (desde os romanos) tinham de si mesmos.

Foram os antigos egípcios que inventaram, entre milhares de outras maravilhas tecnológicas, uma das primeiras mídias portáteis do mundo, o papiro. Não por caso Alexandria tinha uma das maiores bibliotecas do mundo antigo – destruída num incêndio que até hoje geram controvérsia entre os historiadores, mas cuja versão mais popular da narrativa diz ter sido proporcional, logo pós a conquista da cidade pelos árabes em 642 d.c. Mas os livros de história ocidentais nos dizem que Calímaco, um grego, foi o responsável por criar o primeiro sistema de catalogação de arquivos, muito similar ao adotado por Roma e por todo o ocidente moderno. Esse sistema, na realidade, é apenas uma adaptação do que era usado na biblioteca de Alexandria, cidade visitada por Calímaco.

A imagem do Egito antigo que temos no senso comum do ocidente contemporâneo é tão artificial que uma criança dificilmente associa o Egito ao seu continente, a África. Aliás, que eu me lembre de colégio, a história do Egito é ensinada em separado da história do resto da África (quando essa é ensinada).

O povo do Egito antigo era negro. Diversos textos antigos (gregos e árabes) assim os relatam. Na historiografia moderna porém, esses textos são ignorados. O processo de construção de uma imagem eurométrica do povo egípcio se dá de forma maquínica: Os relatos históricos apagam as menções à negritude dos egípcios; a arte, a literatura e a mídia ocidentalizam sua imagem (embranquecem a pele e normativizam suas relações sociais pelo padrão europeu); sua existência enquanto povo é dissociada da África.

O EGITO NEGRO

Cheikh Anta Diop (1923 – 1986), historiador, filósofo, antropólogo e político senegalês, foi o principal responsável por trazer a discussão da origem da raça e da civilização egípcias. Seu livro Nations nègres et culture: De l’antiquité nègre égyptienne aux problèmes culturels de l’Afrique Noire d’aujourd’hui (Nações negras e cultura: Da antiguidade negra egípcia aos problemas culturais da África negra de hoje, em tradução livre) publicado em 1954 e ainda sem tradução completa para o português, o autor argumenta, com base em diversos textos antigos (de autores bíblicos a documentos gregos), obras de arte egípcias de diversos períodos, análises comparativas (totemismo, circuncisão, realeza, cosmogonia, organização social, matriarcado – cada item em um capítulo), argumentos linguísticos (como, por exemplo, a existência de um termo próprio pelo qual o povo egípcio se representava, KMT, que significaria preto/do carvão), e estudos históricos e antropológicos sobre o povoamento da África a partir do vale do Nilo. Essa discussão ocupa todo a primeira parte do livro e não deixa dúvidas sobre a negritude do povo egípcio. Mas, mesmo sendo parte da coleção História Geral da África, o trabalho de Cheikh é academicamente sabotado em quase todo o mundo, como acontece com vários autores negros e terceiro-mundistas.

Cheikh já inicia seu texto com o argumento base de sua defesa da negritude do povo egípcio. Com base nas descobertas mais atuais da antropologia física nos anos 1950, o autor argumenta:

Portanto, se a humanidade teve origem nos trópicos, em tomo da latitude dos Grandes Lagos, ela certamente apresentava, no início, pigmentação escura, e foi pela diferenciação em outros climas que a matriz original se dividiu, mais tarde, em diferentes raças; havia apenas duas rotas através das quais esses primeiros homens poderiam se deslocar, indo povoar os outros continentes: o Saara e o vale do Nilo.”

A aceitação da hipótese da origem monogenética da humanidade leva Cheikh a investigar o estabelecimento das primeira comunidades humanas ao redor do vale do Nilo e seu desenvolvimento até a formação da sociedade egípcia.

Figura 1 Um faraó da I dinastia egípcia. Segundo J. Pirenne, tratar-se-ia de Narmer, o primeiro faraó da História. (Fonte: C. A. Diop. 1967. pr. XVI.)

Após apresentar uma longa série de argumentos dos mais diversos autores que participaram do congresso Pan-Africano de Pré História, realizado em Adis Abeba em 1971, e outros tantos estudos de pesquisadores europeus e norte americanos, Cheikh conclui que o fundamental em todas elas é que, mesmo com discordância em algumas datações e na localização precisa do povoamento humano de certas épocas, o alto grau de convergência dos estudos prova que a base da população egípcia do período pré-dinástico era negra. Sendo falsas as teorias de que o elemento negro teria se infiltrado de modo tardio no Egito.

“os fatos provam que o elemento negro era preponderante do princípio ao fim da história egípcia, particularmente se observarmos, uma vez mais, que “mediterrânico” não é sinônimo de “branco”; estaria mais próximo da “raça morena ou mediterrânica” de Elliot­‑Smith. “Elliot­‑Smith classifica esses protoegípcios como um ramo do que ele chama raça morena, que corresponde à ‘raça mediterrânica ou euro­‑africana’ de Sergi . O termo “moreno” neste contexto refere­‑se à cor da pele e é simplesmente um eufemismo de negro. Assim, fica evidente que toda a população egípcia era negra, com exceção de uma infiltração de nômades brancos no período protodinástico.”

O elemento branco no genoma humano é tardio, mas existem varrições na pigmentação humana desse antes de seu surgimento. Ou seja, um negro com tom de pele mais claro não tem, necessariamente, componentes europeus no sangue. Assim, Cheikh defende a negritude genética do povo egípcio. Seus argumentos passam por análises e testes de dosagem de melanina feitos em algumas múmias nas quais foram encontrados tecidos de pele; medidas osteológicas; grupos sanguíneos e se estendem por mais de 200 páginas. Mas há ainda a questão da formação cultural.

Longe de uma ideia e purismo, o autor admite que a cultura egípcia se formou num caldeirão de influências até ser ela própria a maior influência cultural e política de toda a África.

“O clima relativamente úmido no final do Neolítico e durante todo o período pré-dinástico, que assistiu à formação da civilização no Egito, tornou o deserto árabe, entre o mar Vermelho e o vale do Nilo, permeável, por assim dizer. Foi por esse caminho, sem dúvida, que as influências mesopotâmicas cuja importância, aliás, talvez tenha sido superestimada – penetraram no Egito.”

Cheikh admite que, por falta de interesse, poucos estudos foram realizados para estudar os contatos do Egito com as culturas do Saara no período pré-dinástico (fim do neolítico). Mas que a inscrição de certos símbolos nas paletas protodinásticas permitem supor similaridades entre os povos do vale do Nilo e do deserto Líbio.

As partes mais interessantes dessa parte do livro são as seguintes que tratam das várias referências de autores da antiguidade clássica aos egípcios. Mostrando uma erudição rara, Cheikh, cita vários autores da antiguidade em passagens referentes ao povo egípcio. Heródoto, Aristóteles, Sêneca, Luciano, Apolodoro, Ésquilo, Estrabão, Diodoro, Diógenes Lércio, Amiano Marcelino e outros. Todos eles se referindo ao povo egípcio como negro.

Das citações destacamos algumas mais pungentes:

“Aqueles que são muito negros são covardes, como, por exemplo, os egípcios e os etíopes. Mas os excessivamente brancos também são covardes, como podemos ver pelo exemplo das mulheres; a coloração da coragem está entre o negro e o branco”

Arítóteles, Fisionomia – Livro VI

“Egito conquistou o país dos homens de pés negros e chamou‑o Egito, a partir de seu próprio nome.”

Apolodoro, século I antes da Era Cristã, Livro II, A família de Ínacos.

“Os etíopes dizem que os egípcios são uma de suas colônias, que foi levada para o Egito por Osíris. Eles afirmam que, no começo do mundo, o Egito era apenas um mar, mas que o Nilo, transportando em suas enchentes grandes quantidades de limo da Etiópia, terminou por colmatá-lo e tornou-o parte do continente (…). Acrescentam que os egípcios receberam deles como de seus autores e ancestrais a maior parte de suas leis”

Diodoro, História Universal. Livro III

O autor cita ainda Homero para atestar a antiguidade e importância da civilização etíope.



figura 2 Ramsés II e um Batutsi moderno. (Fonte: C. A. Diop. 1967. pr. XXXV.)



Figura 3 A Esfinge, tal como foi encontrada pela primeira missão científica francesa no século XIX. Presume-se que esse perfil, tipicamente negroide, represente o faraó Khafre ou Quéfren (cerca de -2600, IV dinastia), construtor da segunda pirâmide de Guizé. O perfil não é nem helênico nem semita: é bantu. (Fonte: C. A. Diop. 1967. pr. XIX.)

No capítulo seguinte, Cheikh desenvolve um sofisticado estudo linguístico para analisar como o povo egípcio se referia a si mesmo no que tratava de raça e cor. Do qual destacamos a parte que se refere a palavra KMT.

Segundo Cheikh, os egípcios tinham apenas uma palavra para designar a si mesmos nos textos faraônicos: = KMT que significaria “os negros”, um plural. O sentido da palavra é literal, vez que esse é o termo mais forte existente na língua faraônica para indicar a cor preta; assim, é escrito com um hieróglifo representando um pedaço de madeira com a ponta carbonizada.

Essa seria a origem etimológica da importante raiz kamit. Dela teria se derivado a raiz bíblica kam. O autor observa que na língua egípcia, o plural é indicado a partir da junção de um adjetivo ou de um substantivo ao feminino singular. Assim, KMT, do adjetivo = km = preto, significa precisamente “negros”, ou, pelo menos, “homens pretos”. A palavra é um coletivo que descrevia o conjunto do povo do Egito faraônico como um povo negro.


Figura 4 Representação proto­‑histórica de Tera­‑Neter, um nobre negro da raça dos Anu, primeiros habitantes do Egito. (Fonte: C. A. Diop. “Antériorité des Civilisations Nègres: Mythe ou Realité Historique?”. Paris, Présence Africaine, 1967. pr. XIV.)


Figura 5 Zoser, típico negro, faraó da III dinastia, inaugurou a grande era da arquitetura em pedra revestida: a pirâmide em degraus e o complexo funerário em Sacará. Em seu reinado, todas as características tecnológicas da civilização egípcia já estavam desenvolvidas. (Fonte: C. A. Diop. 1967. pr. XVII.)

TRADIÇÃO DE EMBRANQUECIMENTO

Se a assimilação do estilo e o apagamento da identidade física são um lugar comum nas relações de dominação cultural em todos os povos, o embranquecimento se tornou regra no ocidente a partir do renascimento a partir do final do séc. XIV. Era regra que todas as representações (mitológicas, bíblicas, oníricas) fossem contemporanizadas. Assim, séculos mais tarde quando o orientalismo fascinou toda a Europa, os cânones fizeram com que surgissem toda a sorte de odaliscas brancas como polacas. Já no século XX, com o cinema Hollywoodiano se afirmando, as grandes narrativas bíblicas e histórica não podiam contar com atores negros, uma vez que à esses sequer era permitido serem artistas. Não que isso preocupasse um diretor como D. W. Griffith. Mas o fato é que Hollywood foi, em pouco mais de um século, responsável por criar a imagem de Egito que temos hoje: Exoticamente branco.

Egito Antigo e Suas Representações na Contemporaneidade Midiática.

No mundo do cinema e da televisão, olhamos para a tonelada de protagonistas brancos com normalidade porque essa é a norma das produções – a história de personagens brancos é o “padrão”. Atores não-caucasianos possuem uma lista muito pequena de tipos de personagens, muitas vezes estereótipos, da qual escolher.

No século XX as produções midiáticas acerca do Egito Antigo tendem a retratar o povo egípcio como tendo sido uma população predominantemente branca. Essa tendência não começou no século XX, mas foi durante ele que essa referência imagética de um “Egito branco” prevaleceu na cultura e na mentalidade contemporânea. E mesmo no século XXI, ainda vemos filmes, novelas, desenhos, etc., retratando os faraós sempre brancos, a nobreza egípcia sempre branca, o grosso da população sendo branca, e quando há negros e pardos, estes geralmente são camponeses ou escravos.



Figura 6: Filme: Êxodos: Deuses e Reis

Há quem diga com bastante cinismo que pensar num Antigo Egito Negro é ‘’tudo confusão com os núbios’’ -uma civilização negra também próxima ao Nilo.- ”não eram negros, mas brancos de pele morena. ”. Parece coisa do século XIX, mas não é. Um erro dessa natureza e magnitude não acontece por má fé ou ignorância, só a irresponsabilidade intelectual e o racismo explicam. Com o mito desse ‘’Egito Europeizado” criado e manipulado por Hollywood e dado como aceito durante anos, dificultou-se a desconstrução e a real representação dos povos egípcios.
Produções cinematográficas recentes e a perpetuação do embranquecimento egípcio:

Recentemente a discussão sobre o embranquecimento das produções hollywoodianas chamou a atenção da mídia especializada. Esse é um assunto que abrange desde a mudança de etnia de personagens, até o uso do chamado “blackface” – quando um ator branco passa por uma mudança estética para parecer de outra etnia. Desde a sua formação, Hollywood e demais produções mundiais vem usando desses mecanismos em seus filmes e projetos. E a partir disso, uma breve análise sobre essas recentes produções e o porquê de sua ilegitimidade e manutenção de falsas informações.



Figura 8 Filme: Deuses do Egito

Além de usurpar e modificar a história egípcia, foi necessário embranquecer também os seus sujeitos. Nos filmes em Êxodo: Deuses e Reis, Os 10 Mandamentos e o mais recente Deuses do Egito, os personagens são majoritariamente brancos e com sua história nitidamente distorcida. As três produções citadas acima, tratam o Egito como uma localidade exterior à África (Apesar de estar naquele continente), mantendo uma plasticidade totalmente ultrapassada, com personagens que mantém estereótipos e velhos clichês totalmente machistas.

O que acontece em todas essas produções não é nenhuma novidade, o racismo não precisa inventar a roda. Os personagens masculinos retratando antigos egípcios como grandes guerreiros, quase sempre são blackfaces como é o caso do novo Ramsés de Ridley Scott em Êxodo: Deuses e Reis. O ator escalado para o papel é ninguém menos que Joel Edgerton que é loiro de olhos azuis. A solução foi reeditar a maquiagem usada pelo russo Yul Brynner em Os dez mandamentos (Americano), com muita cobertura de pele para sugerir o bronzeado de quem passa muito tempo tomando sol, jamais um tom de pele indiscutivelmente negro.

Também é esperado que o faraó seja amargurado e invejoso, jamais um grande estadista e estrategista. Contra o único deus possível, à imagem e semelhança de um homem branco, um líder negro se torna herege, um perdedor. Por outro lado, também é quase certeza que a educação egípcia de Moisés seja menosprezada, algo que está em completa oposição ao deus verdadeiro. As entidades egípcias e sua influência precisam ser destruídas, pelo menos em tese, para que apareça um novo deus em quem se pode acreditar.

Para Hollywood também é perfeitamente possível que a realeza egípcia seja branca, enquanto assassinos, ladrões e populares são negros, vide Êxodo: Deuses e Reis. O que está por trás dessa manobra é a ideia de que a nobreza egípcia não poderia ser africana mesmo que inexistam evidências de que a origem desses indivíduos, nobres ou plebeus, esteja fora da África. Aliás, ainda que se reconheça que nessa sociedade pessoas de diferentes tons de pele conviveram, não há registros de que houvesse qualquer segregação motivada pela cor da pele.

As antigas mulheres egípcias são todo um caso à parte, tanto no cinema e na televisão. Sempre muito brancas, de acordo com um padrão de beleza eurocêntrico, delicado como porcelana. No contexto de uma civilização do deserto, a sugestão sexista é a de que o território da mulher não a cidade e que seu papel político seja diminuído e resumido a intrigas motivadas pelo amor e pela paixão ao exemplo de Nefertari – Uma das maiores rainhas egípcias parece não ter nada mais a fazer do que sentir ciúmes de Moisés, como acontece com muitos personagens do “Dez Mandamentos.



Figura 7 Filme: ”Os 10 Mandamentos.”

Hollywood e suas vertentes, não mudaram sua concepção e não fizeram questão de perceber que o mundo a sua volta modificou e, que falhas não passarão desapercebidas ou sem algum tipo de problematização. O Egito Hollywoodiano está mais para mitologia Grega e as produções nacionais (Rede Record e associados) mais para o filme 300. Com total ausência de pesquisa séria, que retratem a verdadeira face do Egito Antigo.



Figura 9: Atriz Gina Torres, interpretando Cleópatra na série Xena

CONCLUSÃO

É importante empreender a revisão histórica e a desconstrução dessa imagem forjada midiaticamente pelo imperialismo branco, não só no que diz respeito ao Egito antigo mas a todas os povos africanos, orientais e sul americanos. A valorização acadêmica dos pensadores que se dedicaram a isso também é importante. Não podemos depender unicamente do esforço monumental de pensadores como Cheikh Anta Diop, é preciso que haja uma rede de pensadores que trabalhem essa desconstrução cotidianamente nas salas de aula, nas produções midiáticas e em suas pesquisas.

FONTES:

História geral da África, II: África antiga / editado por Gamal Mokhtar. – 2.ed. rev. – Brasília : UNESCO, 2010. 1008 p.

DIOP, Cheikh Anta – Nations nègres et culture: De l’antiquité nègre égyptienne aux problèmes culturels de l’Afrique Noire d’aujourd’hui, 1954, Paris, Editions Présence Africaine,

Alunos: Pedro Alvarenga e Thayná Trindade



PAN, ÊXODO E RACISMO – HOLLYWOOD E O EMBRANQUECIMENTO DE PERSONAGENS NÃO-CAUCASIANOS

http://seguindopassoshistoria.blogspot.com.br/2015/11/egito-negro.html

http://www.nehmaat.uff.br/revista/2013-2/artigo06-2013-2.pdf

Exodus novo filme de ridley scott e acusado de promover embranquecimento e relegar atores negros papeis de escravos e bandidos

EGÍPCIOS NEGROS OU BRANCOS? UMA PESQUISA SOBRE A MEMÓRIA DO EGITO ANTIGO

http://unesdoc.unesco.org/images/0019/001902/190250POR.pdf


Fonte da matéria: https://www.geledes.org.br/o-embraquecimento-historico-do-egito-antigo/

Egito Atual: Hurghada: templos de Luxor e as praias no leste do Egito

Uma das vantagens de morar na Europa é, sem sombra de dúvida, o leque de possibilidades que se abre em termos de novas pessoas a se conhecer, culturas a serem experimentadas, idiomas a serem aprendidos e viagens a serem feitas :)

A oferta de voos low cost – não apenas continentais mas também para países na África e Ásia – são irresistíveis para quem gosta de viajar como eu.
Karnak: um dos maiores templos do mundo, construído por 18 séculos, desde 2200 aC

Depois de anos de vivência e muitas viagens por aqui, decidi passar a buscar destinos mais exóticos e distantes. Quanto maior o choque cultural, melhor. E foi com essa ideia na cabeça que decidi, no fim do verão, conhecer o Egito.

Além de representar uma última chance de aproveitar o sol antes do rigoroso inverno alemão, o país oferece preços muito em conta, além de uma culinária rica e variada e experiências interessantes com a religião predominante, muçulmana, e o idioma árabe, indecifrável para quem está acostumado com línguas latinas ou o inglês.
Egito: mapa da região de Cairo a Hurghada

Na hora de decidir o roteiro, que infelizmente teria que ser de apenas uma semana em função das férias, optei por deixar Cairo para uma outra vez e conhecer Hurghada, uma cidade repleta de resorts na costa do Mar Vermelho e de onde se poderia visitar Luxor, onde ficam os principais templos e tumbas egípcias de milhares de anos atrás.

Um rápido passeio pela cidade confirmou muitos dos estereótipos que eu tinha do povo árabe e do Egito de uma forma geral.Hurghada: praia no Mar Vermelho

Os egípcios são, como é da tradição árabe, comerciantes dos mais insistentes. É preciso ter paciência com abordagens a cada 10 segundos oferecendo fotos com camelos, tecidos, souvenirs, comida e tudo mais.

O clima é perfeito para quem gosta de sol e praia. Inclusive, algo que realmente me impressionou foi o fato de eu não ter visto, em nenhum dos sete dias de estadia, uma única nuvem no céu. Ou seja, bom tempo garantido para turistas como os muitos europeus que visitam este paraíso durante todo o ano!Templos egípcios em Luxor

As praias, como se pode imaginar, são paradisíacas. A água azulada e muito agradável, em torno dos 25 graus, combinada com o céu sempre azul e um vento constante são uma garantia de bronze (ou, para a maioria dos que lá estavam, aquele conhecido tom avermelhado típico dos europeus quando se metem a ir à praia sem protetor solar).

Um único porém são algumas pedras que se misturam à areia, tornando necessária a utilização de sandálias específicas para banho, coisa desconhecida de quem está acostumado com as praias de areias finas brasileiras – mas comum em destinos como Malta.Passeio de barco no Rio Nilo

A cidade de Luxor, no entanto, infelizmente confirma mais um estereótipo de qualquer localidade africana: o da pobreza. Muito lixo e entulho espalhados pelas ruas, construções erodidas pelo castigo do clima árido do deserto, além de péssima infraestrutura. Sinais de que o passado próspero daquele lugar realmente está há milênios de distância.

Voltando para as coisas boas, visitar pontos turísticos como o Vale dos Reis e o Vale das Rainhas, onde estão as tumbas de Faraós que reinaram há 6 ou 7 mil anos é uma experiência impressionante.Templos de Luxor: história do Egito

Apesar do calor literalmente saariano e das agressivas condições climáticas destes locais (que deixariam com saudades qualquer carioca reclamando do verão) o tempo não destruiu corredores, cemitérios subterrâneos e passagens secretas.

Os hieróglifos egípcios nas paredes, que contam histórias de reinados e civilizações aos que os sabem decifrar, mantêm cores fortes apesar de todo este tempo, sem a necessidade de restauração.Ramesseum: sala hipostila do templo de Ramses II

Templos como os de Ramsés II, Ramsés III e Karnak desafiam turistas a imaginar como era possível, tantos milênios atrás, realizar projetos arquitetônicos tão complexos. Obeliscos, estátuas, pilastras, esfinges e outros monumentos deixam de queixo caído qualquer visitante que tenha o mínimo de interesse em história.

Um rápido passeio guiado de barco no rio Nilo, infelizmente, acabou com a minha esperança de ver um dos famosos crocodilos, que por séculos aterrorizaram a população local. Aparentemente, durante o processo de urbanização na década de 1960, a espécie acabou sendo extinta de lá. O que ficou foi apenas um rio largo, com águas bem escuras. Admito que, apesar do calor, ainda assim senti alguns calafrios.

ARTE E TECNOLOGIA EGÍPCIA – TEMPLO DE KARNAK

Prof. Dr. Oscar Luiz Brisolara


O nome Karnak origina-se de uma aldeia vizinha chamada El-Karnak, no entanto, para os antigos egípcios o agrupamento de templos era conhecido como Ipet-sut.
O conjunto de prédios conhecido como Complexo do Templo de Karnak é formado por um vasto aglomerado de templos, capelas, pilares e muitos edifícios com as mais variadas funções religiosas e civis.

Sua construção iniciou no reinado Senusret I, no Médio Império Egípcio e continuou até o período ptolomaico, embora a maioria dos prédios existentes datem do Novo Império. O Médio Império começou por volta de 2.000 a. C., com a coroação de Amenhemet I, que inaugurou a XII dinastia dos reis das planícies do Nilo.

O Novo Império Egípcio inicia por volta de 1550 a.C. e termina em 1070 a.C. Inclui a XVIII, XIX e XX dinastias, que governaram a partir capital da cidade de Tebas. O Império Novo começa com a expulsão dos Hicsos, um povo semita que se tinha fixado na região do Delta e que tinha usurpado o poder. Ahmés (ou Amósis), primeiro rei da XVIII completou a tarefa de expulsão do Egito desse povo invasor.

O Período Ptolomaico da história egípcia é o mais próximo da era cristã. Começa em 305 a. C, quando um general do imperador Alexandre Magno, Ptolomeu I Sóter, torna-se rei do Egito e se estende até o ano 30 a. C., momento em que Cleópatra é deposta pelos exércitos romanos e o Egito é posto sob o domínio de Roma.

Esse conjunto de templos faz parte da monumental cidade de Tebas que se torna a nova capital do Egito. No Antigo Império Egípcio, a capital era Mênfis, situada na margem ocidental do Nilo, ou seja, na margem esquerda, no sentido em que o rio corre em direção ao Mar Mediterrâneo. De Mênfis, situada no baixo Nilo, próxima do delta, há pequenas ruínas. Próximas a ela estavam as três grandes pirâmides e a grande esfinge.

A capital do Médio Império Egípcio era Tebas, situada no alto Nilo, distante acima, da antiga Mênfis. Pois nessa cidade estava o conjunto de templos de Karnak e também o templo de Luxor.
O complexo é um grande museu ao ar livre. Acredita-se que seja o segundo local histórico mais visitado no Egito; apenas abaixo do conjunto das Pirâmides e a Esfinge de Gizé, perto do Cairo. É composto de quatro partes principais, das quais apenas a maior é atualmente aberta ao público em geral. O termo Karnak muitas vezes é entendido como sendo a Delegacia de apenas Amon-Rá, porque esta é a única parte que a maioria dos visitantes pode ver. As outras três partes, a Delegacia de Mut, deusa do antigo Egito, localizada perto de Luxor a Delegacia de Montu, deus do antigo Egito, também próxima a Luxor e as estruturas do templo de Amenhotep IV, antigo faraó, estão fechados ao público. Há também alguns templos e santuários que ligam os arredores de Mut, a Delegacia de Amon-Rá, e o menor Templo de Luxor.

A Delegacia de Mut é muito antiga, sendo dedicada a uma divindade da Terra e da criação, mas ainda não restaurada. O templo original foi destruído e parcialmente restaurado por Hatshepsut.
A principal diferença entre Karnak e a maioria dos outros templos e locais no Egito é o período de tempo durante o qual ele foi desenvolvido e usado.

Aproximadamente trinta faraós contribuíram para os edifícios, permitindo-lhe atingir uma dimensão, a complexidade e diversidade não vista em outros lugares. Algumas das características individuais de Karnak são únicas.

Um aspecto famoso de Karnak é o hipostilo da delegacia de Amon-Rá, uma área de salão de 50.000 pés quadrados (5.000 m 2) com 134 colunas maciças dispostas em 16 linhas. Destas colunas, 122 são 10 metros de altura, e as outras 12 são 21 metros de altura com um diâmetro de mais de três metros. Hipostilo é uma palavra de origem grega cujo significado é "teto sustentado por colunas. É uma grande sala com colunas que sustentam o teto. Os templos egípcios eram construídos nesse estilo com tetos compostos por vigas de pedra inteira que cobriam as salas. Os vãos que surgem entre as colunas são chamados de naves.

As arquitraves em cima dessas colunas são estimadas a pesar 70 toneladas. Estas arquitraves podem ter sido levantadas a estas alturas, usando alavancas.

Este seria um processo extremamente demorado e também exigiria grande equilíbrio para chegar a tais grandes alturas. Uma teoria alternativa comum a respeito de como elas foram transferidas é que grandes rampas tenham sido construídas com areia, lama, tijolo ou pedra e as grandes pedras foram então rebocadas para cima das rampas. Se pedras foram usadas como rampas, eles teriam precisado de muito menos material. Para chegar ao topo das rampas, presumivelmente teriam empregado ora faixas de madeira ora pedras para rebocar os megalitos.
O fato é que os templos aí estão, como se pode ver nas imagens abaixo:

































PIRÂMIDES NO EGITO, A HISTÓRIA PERDIDA E SECRETA DOS SUBTERRÂNEOS EM GIZÉ



Pirâmides no Egito, a história perdida e secreta dos subterrâneos em Gizé-final
Posted by Thoth3126 on 08/05/2019


A história perdida e secreta das PIRÂMIDES do Egito.
A cidade subterrânea e construções muito antigas e esquecidas sob as areias do Planalto de Gizé – Parte 2, final

“O Planalto de Gizé – e a antiga cidade do Cairo são atravessados por passagens subterrâneas, eixos, cavernas, lagos naturais, câmaras e até uma cidade dentro de uma imensa caverna natural que contêm artefatos surpreendentes, mas as autoridades egípcias ainda não estão prontas para revelar estes antigos segredos para o público em geral”

Tradução, edição e imagens: Thoth3126@protonmail.ch

A história perdida e secreta das PIRÂMIDES do Egito e da Esfinge. Cidade e construções muito antigas e esquecidas sob as areias do Planalto de Gizé. 

Por Tony Bushby, extraído do capítulo 8 de “O Segredo da Bíblia” de Nexus Magazine abril-maio de 2004 

Pirâmides no Egito, a história perdida e secreta dos subterrâneos em Gizé-Parte 2 e final
Arqueólogos fizeram outra grande descoberta na época:

Cerca de metade do caminho entre a Esfinge e a Pirâmide de Quéfren foram descobertos quatro enormes poços verticais, cada um com cerca de oito pés (2,40 metros) quadrados, levando para baixo através do sólido calcário.

É chamado de “Tumba de Campbell” pelos maçônicos e Rosacruzes, e “que o enorme complexo”, disse o Dr. Selim Hassan,” termina em um salão espaçoso, no centro do qual estava um outro eixo que descia a um outro salão também espaçoso ladeado com sete câmaras laterais “.

Algumas das câmaras continham enormes sarcófagos selados de basalto e granito, com 18 pés (5,40 metros) de altura. A descoberta foi mais longe e também descobriram que, em uma das sete salas havia ainda um terceiro veio vertical, descendo profundamente para uma câmara mais abaixo. Na época de sua descoberta, ele foi inundado com água que parcialmente encobriu um sarcófago branco branco. Essa câmara foi chamada de o “Túmulo de Osíris”, e foi mostrada sendo “aberta pela primeira vez” em um documentário de televisão produzido em março 1999.




Embora originalmente tendo explorado esta área em 1935, o Dr. Selim Hassan disse:

Estamos na esperança de encontrar alguns monumentos de importância depois de limpar esta água. A profundidade total destas séries de eixos é superior a 40 metros, ou mais de 125 pés … No curso de limpar a parte sul do subterrâneo, foi encontrada uma cabeça muito bonita de uma estátua que é muito expressiva em todos os detalhes do rosto.

De acordo com uma reportagem de jornal independente, a estátua era um busto esculpido excelente da rainha Nefertiti, descrita como “um belo exemplo de um tipo raro de arte inaugurada durante o reinado do faraó Amenhotep (Akhenaton)”. O paradeiro da estátua ate hoje é desconhecido.

O relatório também descreve outras câmaras e salas enterrados sob as areias, todos interligados por passagens secretas e ornamentados. O Dr. Selim Hassan revelou que não havia apenas os salões e câmaras internas e externas, mas eles também encontraram uma sala por eles chamada de “Capela de Oferendas“, que tinha sido cortado em um enorme e sólido afloramento de rocha, entre a Tumba de Campbell e a Grande Pirâmide.



No centro da capela estão três enormes pilares verticais que estão colocados numa disposição triangular. Esses pilares são pontos altamente significativos neste estudo, pois a sua existência está registrada na Bíblia. A conclusão é que Esdras, o escritor que começou a escrever a Torá (cerca de 400 aC), sabia o layout das passagens subterrâneas e as câmaras de Gizé, antes que ele escrevesse a Torá.

Esse projeto subterrâneo foi provavelmente a origem do layout de forma triangular em torno do altar central em uma loja maçônica. Em Antiguidades dos Judeus, Josefo, no primeiro século, escreveu que o famoso Enoch do Antigo Testamento construiu um templo subterrâneo com nove câmaras. Em uma caixa forte dentro de uma câmara com três colunas verticais, ele colocou um tablete de forma triangular feito de ouro nele inscrito o nome absoluto da Divindade ( de Deus ).

A descrição das câmaras de Enoque é muito semelhante à descrição da Capela de Oferendas sob a areia a leste da Grande Pirâmide.

Uma ante-sala bem parecida com uma câmara de sepultamento, mas “sem dúvida, uma sala de recepção para iniciações”(5) foi encontrada em local mais alto mais perto do planalto da Grande Pirâmide e na extremidade superior de uma passagem inclinada, em um corte profundo na rocha bruta no lado noroeste da Câmara de Oferendas (entre a Câmara de Oferendas e da Grande Pirâmide). No centro da câmara existe um sarcófago de 12 pés (3,60) metros de comprimento feito de puro calcário branco Turah e um conjunto de vasos finos de alabastro.



As paredes são lindamente esculpidas com cenas, inscrições, símbolos e uma emblemática e particular flor de lótus. As descrições dos vasos de alabastro e da emblemática e tão simbólica flor de lótus têm paralelos notáveis com o que foi encontrado no templo-oficina sobre o cume do Monte Sinai / Horeb por Sir William Petrie, em 1904. Salas subterrâneas adicionais, câmaras, templos e corredores foram descobertos, alguns verticais com colunas circulares de pedra de apoio, e outros com esculturas de figuras de deusas nas paredes vestidas em delicados e bonitos trajes.

O relatório do Dr. Selim Hassan descreve outras figuras esculpidas magnificamente e muitos frisos lindamente coloridos. Fotografias foram tiradas e um autor e pesquisador que as viu, o Rosacruz H. Spencer Lewis registrou que ele estava “profundamente impressionado” com as imagens. Não se sabe onde os espécimes raros de arte e relíquias estão hoje, mas alguns rumores dizem que podem ter sido contrabandeados para fora do Egito por colecionadores particulares.

As informações acima são apenas algumas contidas no extenso relatório do Dr. Selim Hassan que foi publicado em 1944 pela Imprensa Oficial, do Cairo, sob o título de As escavações de Gizé (10 volumes). No entanto, isso é apenas um mero fragmento de toda a verdade sobre o que está enterrado sob as areias da área das pirâmides. No último ano de retirada da areia, os trabalhadores fizeram a descoberta (de uma cidade subterrânea completa) mais impressionante que chocou o mundo e atraiu a cobertura da mídia internacional.



“A Cidade” no fundo de enormes cavernas naturais

Arqueólogos responsáveis pela descoberta ficaram “perplexos” com o que tinham descoberto, e afirmaram que a cidade era a mais bem planejada que eles já tinham visto. Ela estava repleta de templos, residências pintadas em tons pastel com motivos camponeses, oficinas, estábulos e outros edifícios, incluindo um palácio. Completa com hidrovia hidráulica subterrânea, tinha um sistema de drenagem perfeito juntamente com outras amenidades modernas. A questão intrigante que surge dessa descoberta é: onde está localizada a cidade hoje?

A sua localização secreta foi revelada recentemente a um grupo seleto de pessoas que receberam permissão para explorar e filmar a cidade. Ele existe em um sistema enorme de caverna natural abaixo do planalto de Gizé, que se estende na direção leste rumo ao Cairo. A sua entrada principal é por dentro da Esfinge, com escadas cortadas em pedra que levam até a enorme caverna existente escavada na rocha abaixo do rio Nilo.

A expedição realizou-se com geradores elétricos e botes infláveis e viajou ao longo de um rio subterrâneo que levou a um lago com um quilômetro de largura. Nas margens do lago se aninha a cidade, com iluminação permanente sendo fornecida por grandes bolas cristalinas estabelecidos nas paredes da imensa caverna e no teto. A segunda entrada para a cidade encontra-se em escadaria que leva para um porão da Igreja Copta do Cairo antigo (bairro Babilônia). Desenhos a partir de narrativas de pessoas “que vivem na Terra” dada nos livros do Gênesis, Jaser e Enoque, é possível que a cidade foi originalmente chamada pelo nome Gigal.

Filmagens da expedição foram efetuadas e um documentário chamado Câmara Profunda foi feito e, posteriormente, mostrado para audiências privadas. Ele foi originalmente planejado para ser liberado para o público em geral, mas por algum motivo ele foi retido em segredo. Um objeto esférico e multifacetado cristalino do tamanho de uma bola de beisebol foi trazido da cidade, e sua natureza sobrenatural foi demonstrada em uma recente conferência na Austrália. Profundamente inscritos dentro do objeto sólido estão vários hieróglifos que lentamente se movimentam e viram como as páginas de um livro sendo folheado, quando mentalmente solicitado por quem detém o objeto.




Esse item notável revelou uma forma desconhecida de tecnologia e foi recentemente enviado para a NASA nos EUA para análise. documentos históricos registraram que, durante o século 20, as descobertas surpreendentes não relatadas ainda nos dias de hoje foram feitas em Giza e na Península do Sinai, e rumores no Egito da descoberta de uma outra cidade subterrânea dentro de um raio de 28 milhas da Grande Pirâmide abundam. Em 1964, mais de 30 cidades subterrâneas multiniveladas foram descobertas no antigo reino turco de Capadócia .

Uma só cidade continha enormes cavernas, salas e corredores que os arqueólogos estimam que suportariam até 2.000 famílias, oferecendo facilidades de vida para cerca de 8.000 a 10.000 pessoas. A própria existência desses locais constitui evidência de que muitos desses mundos subterrâneos jazem à espera de ser encontrados abaixo da superfície da Terra EM TODOS OS CONTINENTES.

As escavações de Gizé revelaram corredores e caminhos e rotas subterrâneos, templos, sarcófagos, salas e uma cidade subterrânea interconectada, passagens subterrâneas ligadas a Esfinge e às Pirâmides, tudo isso é mais um passo para comprovar que todo o complexo é cuidadosa e especificamente um gigantesco projeto muito bem pensado e executado.

Desmentidos oficiais

Por causa das escavações do Dr. Selim Hassan e as técnicas modernas de vigilância do espaço, os registros e as tradições das antigas escolas de mistérios egípcias que pretendem preservar o conhecimento oculto e secreto do planalto de Gizé, foram todos confirmados e elevados para o mais alto grau de aceitabilidade. Entretanto, um dos aspectos mais intrigantes da descoberta de instalações subterrâneas em Gizé é a repetida negação de sua existência pelas autoridades egípcias e instituições acadêmicas e seus eruditos.

Tão persistente são suas refutações que as afirmações de escolas de mistério foram postas sempre em dúvida pelo público em geral e eram suspeitas de serem fabricadas, a fim de mistificar os visitantes para o Egito. A atitude escolástica dos “eruditos” (que servem aos “mestres” que controlam o atual paradigma moribundo) é bem exemplificada e caracterizada por uma declaração pública da Universidade de Harvard em 1972:




Ninguém deve prestar atenção às reivindicações absurdas em relação ao interior da Grande Pirâmide ou as passagens previstas e templos e salões subterrâneos ainda a serem escavados sob a areia no planalto de Gizé, nas Pirâmides, feita por aqueles que estão tão associados aos chamados cultos secretos ou sociedades de mistério do Egito antigo e do Oriente.

Essas coisas só existem na mente dos que procuram atrair os buscadores de mistérios, e quanto mais se negar a existência desses fatos, mais o público é levado a suspeitar que estamos deliberadamente tentando esconder o que constitui um dos grandes segredos do Egito. É melhor para nós ignorar todas essas afirmações do que simplesmente negá-las e combate-las. Todos as nossas escavações no território da Pirâmide não conseguiram revelar quaisquer passagens subterrâneas ou salões, templos, grutas, ou qualquer coisa do tipo, exceto o templo, ao lado da Esfinge.

Foi o suficiente para a “opinião acadêmica” fazer tal declaração sobre o assunto, mas em anos anteriores, reclamações oficiais foram feitas afirmando que não havia templo, junto à Esfinge. A afirmação de que cada centímetro do território em torno da Esfinge e as pirâmides tinham sido explorados profunda e completamente foi desmentida quando o templo ao lado da Esfinge foi descoberto na areia e, finalmente, aberto ao público.

Em assuntos fora da política (e do controle) oficial, parece haver um nível oculto de censura em operação, destinado a proteger os dogmas e doutrinas de ambas as religiões orientais e ocidentais (e de que a verdade venha à luz).

LÂMPADAS perpetuamente acesas:

Apesar de descobertas surpreendentes, a verdade nua e crua é que o início da história do antigo Egito (ainda antes dos tempos dos faraós) continua em grande parte (deliberadamente ocultada) desconhecida e, portanto, território não mapeado. Não é possível, então, para dizer com precisão como quilômetros de passagens subterrâneas e câmaras sob o planalto de Gizé foram iluminadas, mas uma coisa é certa: a menos que os antigos pudessem ver no escuro, as vastas áreas subterrâneas encontradas foram de alguma forma iluminadas.




A mesma pergunta é dirigida sobre como seria feita a iluminação do interior da Grande Pirâmide, com suas escadarias, passagens, subterrâneos, criptas, etc, e os egiptólogos concordaram que tochas de fogo não foram utilizados, pois todos os tetos existentes não foram enegrecidos com qualquer sinal de fumaça residual. Pelo que se sabe atualmente sobre as passagens subterrâneas sob o platô da pirâmide, é possível determinar que existe pelo menos três milhas (4,8 quilômetros) de passagens subterrâneas e de 10-12 níveis de pisos abaixo do nível do solo. Tanto o Livro dos Mortos assim como os textos da pirâmide fazem referências marcantes para “os fabricantes de Luz”, e essa descrição extraordinária pode ter se referido a um corpo de pessoas responsáveis para iluminar a escuridão das áreas subterrâneas de seus complexos de passagens, salas e corredores.

Jâmblico deixou registrado em um relato fascinante que foi encontrado em um papiro egípcio muito antigo e retido em uma mesquita no Cairo. Ele era parte de uma história de cerca de 100 a.C. escrita por um autor desconhecido sobre um grupo de pessoas que descobriram uma entrada para câmaras subterrâneas nos arredores de Giza para fins exploratórios.

Eles descreveram a sua experiência:

“Chegamos a uma câmara. Quando entramos, ela foi automaticamente iluminada pela luz de um tubo incandescente com tamanho que situava-se à altura da mão de um homem [aprox. 6 polegadas ou 15,24 centímetros] e fino, colocado em pé em um canto. Quando nos aproximamos do tubo, ele se iluminou mais intensamente. . . Os escravos ficaram muito assustados e fugiram na direção de onde tínhamos vindo! Quando toquei o tubo de luz, ele se apagou completamente.

Fizemos todos os esforços para fazer o tubo voltar a brilhar novamente, mas ele nunca mais se acendeu de novo para fornecer luz (n.t. estes tubos foram deixados no interior da pirâmide por seres de Atlântida, ainda antes do dilúvio – 10.986 a.C. – povo que é a origem da fundação da civilização egípcia antiga). Em algumas outras câmaras outros tubos de luz funcionaram e em outros locais eles não acenderam. Nós abrimos um dos tubos e ele sangrou um líquido de cor de pérolas de prata (mercúrio) que corriam rapidamente pelo chão até que desapareceram entre as fendas entre as rochas.

Na medida que o tempo passou, os tubos de luz gradualmente começaram a falhar e os sacerdotes removeram-nos e guardaram alguns em um cofre subterrâneo que foi especialmente construído no sudeste do planalto. Foi a sua crença de que os tubos de luz haviam sido criados pelo seu amado Imhotep (sacerdote da 3ª dinastia, do faraó Zoser, um mago da Grande Fraternidade Branca), para algum dia tentar voltar a fazê-los trabalhar e fornecer luz mais uma vez.




Era prática comum entre egípcios antigos selar as lâmpadas acesas nos sepulcros de seus mortos como oferendas a seu deus ou para os defuntos poderem encontrar seu caminho para o “outro lado”, nos salões do Amenti. Entre os túmulos perto de Memphis (e nos templos brâmanes da Índia), as luzes foram encontradas funcionando e iluminando em câmaras seladas e vasos, mas quando postas à exposição súbita de ar apagavam-se ou causavam que o seu combustível evaporasse. (6)

Os gregos e mais tarde ainda, os romanos adotaram este costume, e a tradição tornou-se geralmente estabelecida, não só de lâmpadas reais acesas, mas de reproduções em miniatura feitas em terracota serem enterradas com os mortos. Algumas lâmpadas foram fechada dentro de vasos circulares para proteção, e houve casos registrados onde o óleo original foi encontrado em perfeito estado de conservação ainda dentro delas, depois de mais de 2.000 anos. Existem amplas provas de testemunhas oculares de que havia lâmpadas que estavam queimando quando os sepulcros foram selados, e foi declarado por passantes depois que eles ainda estavam queimando quando os cofres foram abertos centenas de anos mais tarde.

A possibilidade de se preparar um combustível que se renovaria ininterrupta e rapidamente na medida em que fosse sendo consumido foi uma fonte de controvérsia entre os autores medievais, e existem numerosos documentos descrevendo os seus argumentos. Após a devida consideração das evidências a mão, parecia bem dentro do leque de possibilidades que os antigos sacerdotes egípcios conheciam muito de química e fabricavam lâmpadas que queimavam, se não indefinidamente, pelo menos por consideráveis e longuíssimos períodos de tempo.

Numerosos escritos sobre o assunto destas controversas lâmpadas foram escritos, com W. Wynn Westcott estimando que o número de escritores que têm dado a consideração ao assunto somariam já mais de 150 e HP Blavatsky fala algo como 173. Enquanto existem variadas conclusões de diferentes autores, a maioria admitiu a existência das lâmpadas fenomenais. Apenas alguns sustentaram que as lâmpadas se queimavam para sempre, mas muitos estavam dispostos a admitir que elas poderiam ficar acesas durante vários séculos sem reabastecimento de combustível.



Acreditava-se que as mechas dessas lâmpadas perpétuas eram feitas de amianto trançado ou tecido, chamado pelos primeiros alquimistas “lã de salamandra”. O combustível parecia ter sido um dos produtos da pesquisa alquímica, possivelmente produzido no templo do Monte Sinai. Diversas fórmulas para a produção de combustível para as lamparinas foram preservadas, e no profundo trabalho sobre ocultismo, ÍSIS Sem Véu, a autora HP Blavatsky reimprimiu duas fórmulas complicadas de autores anteriores de um combustível que,

“Quando pronta e acesa, a lâmpada vai queimar com uma chama perpétua e você pode colocar esta lâmpada em qualquer lugar onde você queira”.

Alguns acreditam que as lendárias lâmpadas perpétuas dos templos poderiam ser astutos artifícios mecânicos, e algumas explicações bastante humorísticas foram sugeridas. No Egito, existem ricos depósitos subterrâneos de asfalto e de petróleo e querem alguns que os sacerdotes ligavam mechas de amianto por um duto secreto para um depósito de óleo, o qual, por sua vez se conectava a uma ou mais lâmpadas. Outros achavam que a crença de que as lâmpadas que queimavam indefinidamente em túmulos era o resultado do fato de que em alguns casos muita fumaça exalava das entradas de túmulos recém-abertas.

Mais tarde, foram descobertas mais lâmpadas espalhadas pelo chão, assumindo que elas eram a fonte da fumaça. Houve algumas histórias bem documentados sobre a descoberta de lâmpadas de iluminação perpétua não só no Egito, mas também em outras partes do mundo. De Montfaucon de Villars deu um fascinante testemunho da abertura do cofre de Christian Rosenkreuz. Quando os irmãos da Ordem Rosacruz entraram no túmulo de seu ilustre fundador 120 anos após a sua morte, eles encontraram uma lâmpada perpétua- brilhantemente tudo iluminando de forma suspensa no teto.

“Havia uma estátua usando uma armadura [um robô ] que destruiu a fonte de luz quando a câmara foi aberta”(7)

Isso é estranhamente semelhante ao que contam os historiadores árabes que afirmavam que autômatos (seres mecânicos) guardavam as galerias subterrâneas sob a Grande Pirâmide.

Um relato do século XVII registra outra história sobre um robô.

No centro da Inglaterra, um túmulo curioso foi encontrado contendo um autômato que se moveu quando um intruso pisado certas pedras no chão da cripta. Naquele tempo, a controvérsia do túmulo Rosacruz com a lâmpada estava no seu auge, por isso foi decidido que o túmulo era o de um alto iniciado Rosacruz. Um conterrâneo descobriu o túmulo, entrou e encontrou o interior brilhantemente iluminado por uma lâmpada pendurada no teto.

Enquanto caminhava em direção à luz, seu peso comprimiu as pedras do chão e, ao mesmo tempo, uma figura sentada vestida com armadura pesada começou a se mover. Mecanicamente, se levantou sobre seus próprios pés e atingiu a lâmpada com um bastão de ferro, destruindo-a. Quanto tempo a lâmpada ficou queimando era desconhecido, mas o relatório declarava que tinha sido por um número considerável de anos.



Acima: As notícias conforme foram publicadas sobre a descoberta de uma cidade perdida como foi relatada em um dos muitos jornais de Londres, Inglaterra, como o Sunday Express, de 7 de julho de 1935. O mundo ouviu sobre a descoberta de uma cidade “secreta” egípcia já em 1935. (n.t. mas quem escutou e procurou saber mais?)

Não incluído no artigo original da NEXUS – Outro Comentário sobre as lâmpadas perpétuas, com origem no Tibete:

No livro A CAVERNA DOS ANTIGOS – o tibetano Lobsang Rampa fala sobre este tipo de lâmpada, conforme vemos no curto excerto abaixo:

“… Uma sequência de imagens mostrava um grupo de homens concentrados planejando o que eles chamaram de “Time Capsule”(o que chamamos de “A Caverna dos Antigos”), em que eles poderiam armazenar para as gerações posteriores informações sobre modelos de suas máquinas e um registro completo e pictórica de sua cultura e da falta dela. Imensas máquinas escavaram na rocha viva. Hordas de homens instalaram os modelos e as máquinas. Vimos as esferas de luz fria içadas no lugar, inertes substâncias radioativas dando luz durante milhões de anos. Inerte no sentido de que não poderiam prejudicar os seres humanos, ativas na medida que a sua luz continuaria quase até o fim do próprio tempo.


Descobrimos que poderíamos compreender a sua linguagem, então a explicação foi mostrada, que nós estávamos obtendo a compreensão do “discurso” telepaticamente. Câmaras como esta, ou “Cápsulas do Tempo”, estavam escondidos sob as areias do Egito, em subterrâneos debaixo de uma pirâmide na América do Sul, e em um determinado ponto na Sibéria. Cada lugar foi marcado com o símbolo dos tempos por excelência: a Esfinge. Nós vimos as grandes estátuas da esfinge, que não se originaram no Egito, e recebemos uma explicação de sua forma. Os homens e os animais falavam e trabalhavam juntos naqueles dias muito, muito distantes.

Um felino era o animal mais perfeito para o poder e inteligência. O próprio homem em si mesmo é um animal, de modo que os antigos tinham a figura de um corpo de um grande gato para indicar a potência e resistência, e sobre o corpo colocavam os seios e a cabeça de uma mulher. A cabeça era para indicar a inteligência humana e a razão, enquanto os seios indicavam que o homem e o animal podem obter alimento espiritual e mental um do outro. Esse símbolo da Esfinge era então então muito comum como é hoje as estátuas de Buda, a estrela de Davi-Selo de Vishnu e o crucifixo no dia de hoje. Nós também vimos oceanos com grandes cidades flutuantes, que se moviam (navegavam) … “

Notas:
Professor Gaston Maspero, A Aurora da Civilização, 1901, p. 517
Histoire de la Magie, com base, em parte, a autoridade de Jâmblico, a partir dos mistérios, particularmente aqueles do, egípcios e caldeus assírios
Ammiani Marcellini Rerum Gestaruum Libri, Leipzig, 1875
O Sydney Morning Herald, II outubro 1994
Dr. Selim Hassan
Fama e Confissão de Rosie-Cross, trans. Thomas Vaughan, 1625
Montfaucon de Villars, A História Desviar do Conde de de Gabalis, 1714.

Permitida a reprodução desde que mantida a formatação original e mencione as fontes.

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